quarta-feira, 1 de maio de 2013

Resenha: O Show de Truman

Existem certas obras que as vezes você percebe que deu bobeira em não ter visto ou lido, tipo " como eu
não vi isso antes? é bom demais" mas as vezes você e percebe que fez bem em deixar pra lá e vê lo depois, na hora certa. quando deveria ver. O show de Truman é um deles.
   Vai muito além do que eu esperei, eu tinha uma ideia de que se tratava a história e da fama que ele teve, mas só entendi seu verdadeiro significado a algumas horas atrás, quando vi o filme aqui em casa.
   A história é sobre um grande reality show, o maior que o mundo já viu. quatro bebês indesejados foram selecionados, mas um deles fora o grande escolhido o pequeno Truman, antes mesmo de nascer as câmeras já o observavam, a ideia era um programa que filmasse em tempo real, 24 horas por dia e 7 dias por semana, a vida de um garoto, desde sua infância, a sua possível morte. Tudo fora planejado, uma cidade envolta em uma redoma, com céu falso e pessoas falsas, atores que estavam lá para serem cidadãos  parentes e amigos, nada era real para Truman, a não ser ele mesmo.
ele começa a desconfiar de tudo , logo no inicio, quando uma luminária cai do falso e pintado céu. mas a desconfiança só sugere mais esforços para mante-lo na ilusão e impedi-lo de desmascarar tudo e se livrar do programa.
   Tudo foi criado para que não houvesse possibilidade mínima dele sair dali, ele fora encorajado-a desistir de ser um explorador, quando criança, foi amedrontado pelo medo de velejar para fora, por uma morte forjada  do falso pai, uma esposa que conheceu e um amigo que cresceu com ele, mas que era um ator, como todos os outros. tudo isso comandado por um diretor, onde o estúdio se encontra literalmente na Lua.
a princípio o filme é perturbador, e é,mas a direção e atuação dos personagens principalmente de Jim Carrey ameniza as coisas ao nível de aflição, e de empatia com a história, até mesmo os espectadores torcem para que ele um dia quem sabe se liberte, e a liberdade dele é o momento chave de tudo. Brilhante.
   O filme vai além de simples entretenimento, aliás nunca foi, é um filme que  te toca em todos os campos, desvenda um aspecto que vivemos, e que sem o devido cuidado e auto crítica pode se tornar assustadoramente real.
   O filme trás críticas óbvias a aspectos da vida humana,do cotidiano, de como somos podados pelo que nos cerca, pelo emprego ruim, pelas pessoas a volta que usam máscaras e não são elas mesmas, a liberdade amorosa, ao poder de ir e vir. direitos simples e básicos. ( mostrado no aspecto de Truman conhecer uma atriz e ambos se apaixonarem um pelo outro, entretanto ela tenta lhe revelar a verdade impedida pelo programa e tirada do elenco, Truman, no fundo a ama, e quer encontra-la novamente, e deixar sua esposa; outro aspecto é que ele simplesmente não consegue sair da cidadezinha onde mora, o medo o impede de pegar barcos, ônibus "estragam" quando ele tenta ir a algum lugar...) o programa é valioso geram lucros enormes e se auto sustenta com os atores/ cidadãos fazendo merchandising. não muito diferente do que se passa atualmente nas mídias.
Uma curiosidade Truman vem de True + Man ( homem verdadeiro, homem de verdade) enquanto o diretor se chama Cristof, Crist + of ( de Cristo, de Deus, referencia ao seu controle sobre a vida do personagem)

Um filme bom é um filme que te faz pensar, e este tem um cardápio inteiro de assuntos a se discutir.



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